O Museu Soares dos Reis abre portas para receber várias visitas e oficinas, que trazem ao Porto exposições, dicas para reutilizar materiais cujo destino era o lixo e ciência na arte. Estes eventos acontecem ainda no mês de novembro.
O Museu Soares dos Reis terá ainda diversas oficinas para os seus visitantes | Foto D.R.
“O Douro nas coleções do Museu: Manuel Maria Lúcio e Joaquim Lopes” é a visita do dia 23 de novembro, que se realiza pelas 18:00 horas e que terá entrada livre. O mote desta visita, orientada por Isabel Rodrigues, é o catálogo da exposição “O Douro visto por Artistas Plásticos” realizada no Museu Nacional Soares dos Reis em 1963, integrada nas comemorações da inauguração da Ponte da Arrábida.
Segundo os responsáveis do Museu Soares dos Reis, “nesta visita dá-se a conhecer notícias de jornais da época, o álbum fotográfico da inauguração da exposição, bem como os catálogos de referência em que estas obras participaram, espólio documental da biblioteca do Museu”.
No dia 25, pelas 11:00 horas, o museu apresenta “Fogo que arde sem se ver”. De entrada gratuita, a visita será feita “sob o fio condutor do amor e seus contrários”.
“Detemo-nos em obras singulares de António Soares dos Reis (1847-1889), Marques de Oliveira (1853-1927), Henrique Pousão (1859-1884), Teixeira Lopes (1866-1942), José Malhoa (1855-1933), António Carneiro (1872-1930), Canto da Maia (1890-1981), Abel Salazar (1889-1946) e Augusto Gomes (1910-1976)”, acrescenta.
Reutilizar é a palavra de ordem nas oficinas do Museu Soares dos Reis
O espaço de arte terá também diversas oficinas durante o mês de novembro, que apelam sobretudo à reutilização de materiais e à criatividade. Destaca-se a “A sustentável beleza da joalharia”, que acontece dia 18 de novembro, das 10:30 às 12:30 horas e das 14:30 às 17:30 horas. O espaço será orientado pelo Serviço de Educação, com Jorge Coutinho.
Nesta oficina “propomos a reutilização de materiais cujo destino era o lixo, transformando-os com criatividade num objeto com uma nova função: uma joia sustentável. Todo o processo desenvolve-se utilizando diferentes técnicas e produtos”, escreve o Museu Soares dos Reis.
No dia 25, “Como construir uma câmara clara com materiais do dia-a-dia” desafia a criatividade. Com início pelas 14:00 hora e duração de duas horas, o espaço será orientado pelo Serviço de Educação, com Jorge Coutinho, e pelo Serviço de Conservação e Restauro, com Salomé Carvalho.
A oficina, de entrada gratuita, pretende “partilhar um projeto que permite, com materiais simples, provar que é possível criar uma ferramenta ilustrativa de Arte e simultaneamente de Ótica, comprovando ainda que existe muita Ciência na Arte”.
Para os mais curiosos, saiba que “a câmara clara, ou lucida, como também é conhecida, é um instrumento auxiliar do desenho muito importante para a fotografia e para a Física Ótica. Este instrumento permite ao utilizador a observação em simultâneo do objeto a desenhar e a superfície de desenho, como um decalque. Através da observação pela câmara clara, o desenhador pode simplesmente documentar os pontos chave da escultura ou imagem a reproduzir, ou decalcar todas as linhas de força da forma ou da composição”.
Por fim, o Museu Soares dos Reis sugere “É preciso ter lata”, no dia 26 de novembro, das 10:30 às 12:30 horas.
Com orientação do Serviço de Educação, “nesta oficina propomos a reutilização de uma lata de refrigerante (ou parte dela), transformando-a com genialidade num objeto com uma nova função”.
O museu acrescenta ainda que “o objetivo é o de reutilizar diferentes materiais e demonstrar que é possível dar uma nova vida a objetos que, de outro modo, seriam considerados resíduos”.
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